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sexta-feira, 10 de junho de 2016

A MAIS VALIA DE KARL MARX



Entendendo o que significa esse conceito Marxista:


MAIS VALIA ABSOLUTA E RELATIVA



O burguês é o dono da força de trabalho dispondo da maneira que achar mais lucrativo. É justamente nessa possibilidade de dispor sobre o trabalho humano que se concretiza o que Marx chama de mais-valia. É essa prática que gera lucro para o capitalista.


Precisamos entender o que significa a mais-valia: é a diferença entre o valor produzido pela força de trabalho e o custo de sua manutenção.

Um exemplo pode tornar mais fácil de compreender esse conceito-chave para o marxismo e para entender de que forma o lucro do capitalista é a expropriação do trabalhador.

Vamos supor que um operário contratado para trabalhar oito horas por dia na fábrica de chapéu. O capitalista lhe paga um salário de 24 reais por dia, ou seja, 3,00 reais por hora, esse operário produz 200 chapéus por mês. O chapéu é vendido por 50,00 reais cada um. 

Podemos imaginar que esse burguês gasta com matéria-prima, desgaste das máquinas, energia elétrica, etc. 2.000,00 reais por mês. Logo, ele tem de lucro 8.000,00 reais por mês com a produção desse operário.

Se num mês ele trabalha 240 horas, ele produz na verdade 33,33 reais por hora (8.000,00 dividido por 240). Portanto, em oito horas de trabalho, ele produz 266,64 reais e recebe 24 reais.

A mais-valia absoluta é o valor que o operário produz descontando o valor da sua força de trabalho. Se sua força de trabalho vale 24 reais e ele produz 266,64, a mais-valia que ele dá ao capitalista é de 242,64 reais.

Percebemos, então que o operário trabalha a maior parte do tempo de graça para o patrão. A diferença entre o que o operário produz de valor e o que ele recebe é o tempo que o operário trabalha de graça e o que o capitalista embolsa e gera o lucro.

A primeira forma é denominada de mais-valia absoluta, o aumento máximo da jornada de trabalho. Essa forma é muito conveniente para o capitalista, já que ele não precisa majorar seus gastos com máquinas e com o local de trabalho e alcança um rendimento maior da força de trabalho. 

No entanto, não se pode estender indefinidamente o tempo de trabalho. Devido a esse limite, foi necessário ao capitalista criar uma nova forma de fazer com que o operário produzisse mais, reduzindo o tempo de trabalho necessário, sem reduzir a jornada de trabalho. Essa forma é a mais-valia relativa que só é possível graças à introdução de máquinas modernas, desenvolvimento da tecnologia e ampliação da produtividade. 

Portanto, uma verdade que não deve ser apagada e nem esquecida é que o trabalhador é um despossuído que deve vender a única coisa que lhe restou, a sua força de trabalho e que, ao contrário do capital, essa mercadoria, a força de trabalho, não pode ser acumulada e muito menos poupada. 

Assim, na relação com o capitalista, o proletário vai normalmente perder, seja quando o capitalista aumenta os seus lucros ou quando perde capital.  


PARA PENSAR!....

Marx (2006, p. 66) afirma que “o trabalhador não ganha necessariamente quando o capitalismo ganha, mas perde forçosamente com ele”. Além do mais, “os preços do trabalho são muito mais constantes que os preços do meio de subsistência. Muitas vezes, variam contrariamente”.

“O trabalhador não tem muita opção: ou ele vende a sua força de trabalho a quem quer comprar ou morre de fome. Já o capitalista pode escolher entre um exército de desempregados aqueles que aceitam ganhar menos."
Como nos alerta Marx, “a guerra industrial, para produzir resultados, exige grandes exércitos que podem concentrar-se num ponto a ser sacrificado sem restrições. Os soldados deste exército suportam cargas que sobre eles são postas, não por devoção ou por dever, mas apenas para escapar ao duro destino da fome." (p. 79).


Um abraço!

Jacy Marques Passos