A LUTA DOS EDUCADORES SOCIAIS !
O que queremos quando lutamos pelo reconhecimento da profissão?
A denominação de Educador Social no Brasil, de acordo com Oliveira (2004), surgiu na década de 70, com o fenômeno da infância nas ruas das cidades brasileiras. É um profissional que pode ser remunerado ou não (voluntário), no exercício de suas atividades. O resultado do seu trabalho se dá como normalmente num processo educativo em longo prazo, requer tempo e disponibilidade para obter os resultados no futuro.
No Brasil dos anos 70, o fenômeno crescente de crianças / adolescentes nas ruas dos grandes centros urbanos passou a ser preocupação tanto do Estado com da Igreja, porém um outro fenômeno surge como proposta de “busca da solução” das crescentes desigualdades sociais: são os movimentos populares. Estes movimentos lutavam por direitos iguais e principalmente por aqueles que não se reconheciam enquanto “sujeito de direitos”.
Tendo como base a Pedagogia proposta pelo grande educador Mestre Paulo Freire, cujo Método ganhou mundo, com sua prática construída na relação dialógica de Ação-Reflexão-Ação, e com seu envolvimento direto com e no mundo do Educando e a partir dele, o(a) Educador Social se diferencia principalmente pelo seu compromisso com a transformação social.
O Educador Social é então, um profissional que atua no campo da Educação, e sua intervenção é considerada uma ação pedagógica informal tendo em vista que ocorre fora da sala de aula, em espaços abertos ou em instituições não escolares. Sua ação atinge a grupo de “pessoas e comunidades em situação de risco e ou vulnerabilidade social, violência e exploração física e psicológica”.
Outros campos de atuação do Educador Social surgiram da necessidade do Estado em dar respostas à sociedade, ou da mesma em preservar sua cultura, identidade, arte popular, com a criação de Organizações Não Governamentais – ONG's, (atualmente principal campo de trabalho do Educador Social), que também exercem o papel de cobrir a lacuna existente pelo não atendimento às demandas sociais pelo Estado, ou mesmo de exercitar o controle social sobre o mesmo.
Disponível em http://aesc.blogspot.com.br/ - acessado em 25/10/2016