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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A DIFERENÇA ENTRE A FORMAÇÃO UNILATERAL E OMNILATERAL

a diferença entre a formação unilateral e omnilateral 


Penso essas diferenças, remetem a origem da temática proposta, na qual, o percurso feito, faço o recorte no período feudal, cujo homem e a relação com o trabalho, perpassa por um processo artesanal de sua produção, e um olhar para um viver do seu trabalho, sem o advento do lucro sobre aquilo que era produzido.
Nesse contexto percebe-se a ação do homem e seu modo de produção no período feudal, sem nenhum conhecimento tecnológico, que apontasse para uma relação homem e trabalho, que visavam, a perspectiva da sobrevivência, através do seu trabalho.
Nesse longo percurso, no entanto e, com o advento da revolução industrial, período que sucedeu o feudalismo, inclui na sociedade outras necessidades que antes, não se verificava, e que, pelas mudanças radicais, na perspectiva do trabalho, se introduziu no processo produtivo do homem e sua relação com o trabalho.
Nessa perspectiva, novos elementos se estabelecem, e agora, os homens se apropriam do trabalho de outros homens, o que faz com que, o homem se exproprie das funções que executam, alienando o trabalhador da sua própria produção, pois, agora o homem não se percebe nesse meio de produção, fortalecendo então divisão, da sociedade e por conseguinte a ratificação das classes bem definidas. De um lado a Burguesia, de outro lado, o proletariado.
Nesse sentido, as famílias agora, buscam o trabalho nos grandes centros, o que resulta em uma grande concentração nas cidades. Esse fato ontológico e sociológico, de certa forma, possibilita o pensamento de uma escola que preparasse os filhos desses trabalhadores para o trabalho, na lógica da divisão de classes, oriunda do capitalismo já patente na sociedade.
É necessário compreender que, o que muda são as relações sociais, e não, a centralidade do trabalho, existente deste o princípio da humanidade. Nessa compreensão, perceber que outras transformações agregam à essa abordagem, à medida que trazem reflexões, no que diz respeito, aos interesses da dualidade da qual a educação passa, e passa a ser reprodutora das ideologias na lógica da sociedade de classes, em virtude do capitalismo preeminente, com base no pensamento de Marx e Gramsci, que legitima para dualidade, e educa também, para dualidade.
Nesse sentido, uma ideologia que opera é a dos direitos iguais, o que oculta a base do real papel que escola deveria realizar. E o que se percebe, é o trabalho na linha da violência simbólica a serviço da ideologia dominante, na qual, preparava o educando à docilidade e naturalização das ações desses alunos. O que torna diferente, daqueles que estudavam para o trabalho intelectual.
Sob esses aspectos, a escola da sociedade de classes, na logica capitalista, reproduz as relações de produção do capitalismo. Com certeza Inculcar a ideologia burguesa para reprodução dessa lógica era necessário para a continuidade.
Assim, com a universalização da educação que permeia gerações, mantem a dualidade viva que possibilita perceber as reproduções do passado até os dias atuais, sob a ótica da divisão de classes, o que vem formar o homem unilateral, ou seja, preparar o homem para inserção para o mercado de trabalho, o que exclui o real sentido da educação. A partir desses pressupostos, na atualidade, a formação técnica profissional, não lhe garante o próprio trabalho.
Logo, como educador reflexivo, que pensa uma educação diferente, numa sociedade melhor, que sabe seu papel nesse processo, no conceito de omnilateralidade, nesse legado de Marx, é que devemos buscar alternativas de pensamento que busque uma formação omnilateral, ou seja, uma nova visão de mundo que contemple o ético, o estético, o artístico, ou seja, em todas as dimensões humanas.
Portanto, compreender as diferenças, entre o homem unilateral e omnilateral, perpassa pelas compreensões das dimensões muito maiores, na perspectiva omnilateral e não mais unilateral que trata de uma limitação do sujeito e lhe impõe aligeiramento da formação. A partir desse pressuposto, o grande desafio, para nós enquanto educadores, é a formação do homem nos aspectos críticos, reflexivos e autônomos, rompendo com essa limitação demarcada pela unilateralidade da formação do homem, nessa mesma sociedade de classes.
Logo, entende-se que se trata de uma utopia, um homem livre, numa sociedade menos injusta, e com mais possibilidades de trabalhar, com as mãos e com a cabeça, numa formação omnilateral do homem, que se afirmam historicamente, na qual, saiba distinguir o artesanal do intelectual, contudo, enquanto existir alienação, venda força de trabalho, consciencia alienada, deve-se como educador transformador, reflexivo, quebrar paradigmas desconstruindo algumas situações postas, e mudar, na consciencia do devir, as nossas práticas como educadores, cujo papel recrudesça em nossas ações, na perspectiva de uma educação múltipla, e com os princípios, de um processo educativo para liberdade do indivíduo.
JACY MARQUES PASSOS 

EXPOENTES DA PEDAGOGIA SOCIAL - PROF. ROBERTO DA SILVA (USP) E MARGARETH MARTINS ARAUJO (UFF-RJ)



PROFESSOR ROBERTO DA SILVA (NO CENTRO) E PROFESSORA MARGARETH MARTINS ARAÚJO (NA FOTO ABAIXO), DOIS EXPOENTES E REFERENCIAS NA PEDAGOGIA SOCIAL.