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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

FORMATURA - PEDAGOGIA SOCIAL - CURSO EXTENSÃO - GRUPO PIPAS - UFF DIA 11/12/2014

PROFESSORA MARGARETH, UMA INSPIRAÇÃO PARA A PROFISSÃO

100 HORAS DE MUITO APRENDIZADO

MINHA ESPOSA - COMPANHEIRA EM TODOS OS MOMENTOS

SONHO REALIZADO!

domingo, 21 de dezembro de 2014

POR UMA EDUCAÇÃO SEM COR!

POR UMA EDUCAÇÃO SEM COR !

Devido à multiplicidade de fatores e diversidades, não se pode pensar escola, que pertence a um contexto social tão amplo, e que, sobremodo, exerce um papel transformador na sociedade limitar esse espaço, que por natureza, tão democrático a demarcar capacidades a partir da cor da pele ou etnia. Incorrer em erros históricos, que resultaram em uma dívida social que é grande por conta desse preconceito e discriminação, que atravessa séculos, e sobremaneira, ainda paira nos ambientes escolares, de note a sul, de leste a oeste, significa reproduzir erros fatais, como constataremos a seguir.

Lia Vasconcelos, também registra em sua pesquisa que à medida que se avança em direção aos mais altos estratos de renda, sua presença diminui até atingir apenas 13% entre os 1% mais ricos, situação que permaneceu inalterada ao longo dos anos 90. As dificuldades no que diz respeito a se colocar no mercado de trabalho são formadas muito antes do momento da procura do emprego, especialmente pelas diferenças de acesso à educação. Em 2001, 10,2% dos brancos e apenas 2,5% dos negros tinham concluído o ensino superior, com uma vantagem de quatro vezes para os brancos.

A situação já foi pior, porque em 1960 o número de brancos com diploma universitário era 14 vezes superior ao dos negros. No entanto, a distância voltou a aumentar entre 1991 e 2000, quando o número de matriculados nas universidades passou de 1,4 milhão para quase 3 milhões, mas não houve maior inclusão de negros, uma vez que sua participação no sistema caiu ligeiramente, de 19,7% para 19,3%, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano deste ano elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que elegeu como tema a igualdade racial. “A questão da igualdade racial é um problema monstruoso”.
Ao final do segundo grau, os negros já perderam a corrida há muito tempo. “As políticas públicas que existem hoje são pífias”, diz Sergei Suarez Dillon Soares, pesquisador do Ipea que desenvolveu, em 2000, um estudo comparando as diferentes condições de negros e brancos no mercado de trabalho.

Atualmente, percebe-se que o nosso ideal é por uma escola sem cor, luta-se por inclusão, justiça e equidade nas relações sociais, combatendo preconceitos e discriminação, e inúmeras questões transversais aos conceitos de escola pública que hoje, não condiz com a intenção de sua origem e, com essa dificuldade, reafirmam uma condição desigual na perspectiva de ascensão de uma determinada raça ou etnia em detrimento de outras, que se traduz em heteronomia de políticas assistencialistas que não resolvem o problema, que na verdade são paliativos incapazes de promoverem mudanças efetivas em relação a temática.

E o que significa racismo? É um termo amplo utilizado para descrever muitos e variados tipos de crenças e atos que negam a igualdade fundamental de todos os seres humanos, em função da percepção de diferenças de "raça", ascendência, cor ou aparência. O racismo é a utilização de tais características superficiais para privilegiar de maneira injusta grupos ou indivíduos em detrimento de outros que parecem ser diferentes.

A discriminação racial é o racismo em ação. Os instrumentos internacionais definem a discriminação racial como: Qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, ascendência ou origem nacional ou étnica que tenha como finalidade ou efeito anular ou impedir o reconhecimento, gozo ou exercício, em pé de igualdade, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social e cultural, entre outros, da vida pública. Apesar dos avanços, o racismo e a discriminação ainda não morreram, e suas consequências também persistem como fontes de sofrimento, conflito violento, pobreza, tensão social e desperdício de recursos—tanto humanos quanto financeiros — no Brasil, na África do Sul, nos Estados Unidos e no resto do mundo.

UM POUCO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

                 I.          Constituição de 1934 – O Ensino primário, assegurado presencial e gratuito.
               II.          1947-Governo Federal, Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA)
              III.          LDB 4021/ 1961
             IV.          Decreto 69.450 /1971
               V.          Constituição de 1988 - Igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola
             VI.          LDB 9.934/1996

            Resgatando a história da educação a partir da década de 40, a tentativa de mudança inicia-se em 1947 onde, o Governo Federal, lança sua Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), como primeira política publica de Educação. A visão, no entanto era a de combater o analfabetismo, onde era interessante a erradicação, pois o analfabeto não tinha o direito ao voto. A preocupação, portanto, não era com étnica ou diversidades, apesar da maioria nesse processo, não ser de brancos. Como era uma “campanha” durou até 1963.

            Miguel Arroyo aponta que na educação de Jovens e adultos, em sua grande maioria são trabalhadores urbanos e rurais, oprimidos e pobres, tendo como destaque desse grupo a participação da população MESTIÇA e NEGRA, expulsa dos bancos escolares, ou seja, que não tiveram oportunidade de ingressar na Escola na idade desejada.
“A ideia de “aluno pobre coitado que está destinado ao fracasso e a evasão escolar não podem estar presente no universo escolar” Miguel Arroyo

Nesse contexto, Trindade (2002, p. 12) diz que Se olharmos o (a) aluno (a) como incapaz, menor, nossa ação vai se dirigir a ele de modo a subestima-lo das suas múltiplas possibilidades, e esse olhar/ação pode junto com outros fatores ajudar para que ele/ela se acredite assim incapaz [...] Estamos falando de um processo por meio do qual os sujeitos envolvidos, educador e educando, ressignificam suas experiências de escola, de trabalho e de vida na direção da construção de uma escola plural, inclusiva, e comprometida com a transformação dos indivíduos e da sociedade.

Concluo que, há possibilidade de uma EDUCAÇÃO sem cor, sim, não apenas lhes garantindo o acesso pleno e gratuito à escola, como preconizam as Constituições promulgadas em 34, 67 e 88, em nosso País, pois, leis como as explanadas, existem, mas a letra fria da lei, por si só não resolve, docentes ou educadores sociais comprometidos também fazem parte do contexto. Tais fatos, possibilitam, e na teoria, bastariam para a tão sonhada escola, como no Poema de Carlos Drummond de Andrade, “A Escola dos meus sonhos”.

No entanto, na contramão dos interesses, existem ainda muitos preconceitos e discriminações, que culminam em acessos negados, aumentando ainda mais a dívida social, onde se tenta pagar essa dívida com a sociedade, promovendo meios segregadores e excludentes, por intermédio de “cursinhos” para resgatar em um ano, o que o aluno sem cor, não conseguiu em vários anos na idade correspondente, por ter sido privado de seu direito por inúmeros fatores, principalmente social e econômico, com a máxima da educação inclusiva. Refletindo sobre Inclusão, integração ou exclusão?

A Reflexão é muito mais profunda do que pensamos, pois agora existe a consequência, chamada distorção idade/série, que lhe impede e dificulta de ingressar no primeiro emprego ou mercado de trabalho, que não lhe concede a autonomia porque representa aquele que não acessou na idade que lhe caberia, e agora faz parte da cruel estatística como aponta Miguel Arroyo. São estes os que estão fora dos “padrões”, credenciados a não poder fazer parte dessa construção, e que ainda, colorem as escolas.

Esses fatos agora impedem de avançarmos, rumo a “descolorização” da EDUCAÇÃO, por conceitos preestabelecidos, políticas públicas deficitárias e paradigmas reproduzidos ainda hoje, século XXI, no sentido da igualdade social, racial e étnica. Ao passo que, existindo alteridade (termo da antropologia), privilegiaríamos os relacionamentos humanos, respeitando as diferenças e diversidades, e por fim, conscientizados para conscientizar que, cada ator tem seu papel, relevante e de responsabilidade, que significa dar visibilidade ao que seria o nosso foco, a escola sem cor em um País igualitário em pleno desenvolvimento e com justiça social, que ainda não existe pela ausência de uma mobilização mais efetiva e com uma sociedade desapropriada dos direitos humanos. 

Quando nos apropriamos dos direitos na sua totalidade, que é dificultado em todas as épocas, de fato, avançaremos na perspectiva de uma conscientização mais humanizada e menos mecânica que perpassa todos os ambientes, mas que pressupõe a imprescindibilidade nesse ambiente democrático, que é o espaço escolar, onde a consciência pode começar a ser o diferencial.


AUTOR: Jacy Marques Passos
REFERENCIAS

http://www.mundoeducacao.com/geografia/as-etnias-no-brasil.htm - Acessado em 15/12/2014
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=956:reportagens-materias&Itemid=39 – ACESSADO EM 16/12/14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao34.htm - Acessado em 16/12/2014
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao67.htm - acessado em 16/12/2014
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm - acessado em 16/12/2014
http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comunicacoesRelatos/0126.pdf - 16/12/2014
http://www.beyondracism.org/port_exec_sum.htm - acessado em 16/12/2014
http://www.uneafrobrasil.org/images/conteudos/131017_bapi4_daniel_racismo.pdf - acessado em 16/12/2014
http://www.uneafrobrasil.org/images/conteudos/1301017_boletim_analisepolitico_04.pdf  - acessado em 16/12/2014
http://umhistoriador.wordpress.com/2014/01/30/racismo-no-brasil-negros-ganharam-574-do-salario-dos-brancos-em-2013/ - Acessado em 17/12/2014
http://negrobelchior.cartacapital.com.br/2013/10/18/negros-sao-70-das-vitimas-de-assassinatos-no-brasil-reafirma-ipea/ - Acessado em 17/12/2014


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O "Saber de Experiencia Pura" por Jacy Marques

“Ensinar Exige Criticidade” 

Discência torna-se relevante e significativa, quando pensamos, Pedagogia Social, articulado às práticas profissionais, como possibilidade de educação inclusiva para quebrar paradigmas e, superar o senso comum. Essas práticas, não transversal à proposta pedagógica, realizadas com afetividade, objetivam valorizar o processo de aprendizado, favorecendo a desconstrução da heteronomia dos métodos rigorosos de ensino que, através dessa ação experiencial, com deferência aos saberes socialmente construídos do educando, harmonizam os saberes, numa relação, ensinar-aprender contínua que tem como finalidade, desenvolver a autonomia do educando. 
“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.” Paulo Freire 

Valorizar o indivíduo, não apenas transferir conhecimentos, buscar alternativas e, ter a compreensão da amplitude da responsabilidade na construção de um caminhar com qualidade, é o papel do Educador Social que, perpassa também, por ser um Educador crítico, não mecânico nas atitudes, e essa criticidade, aguçará a curiosidade, produzindo assim, novos aprendizados e conhecimentos. O “saber de experiência pura” ocorre nos espaços de atuação do Educador Social, alinhado às demandas sociais, transformando-se num campo pedagógico, rico em aprendizado e repleto de perspectivas, quando, educador e educando oportunizam desenvolvimento de experiências que, serão trabalhadas em atividades apropriadas respeitando a condição peculiar do educando. “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” Paulo Freire

Jacy Marques Passos - Educador Social

REFERENCIA:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Site do CONANDA

Educadores Sociais: Acesse!

Conanda - Saiba de tudo que acontece >>>>>>>>

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda)



O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente |

Legislação |  Resoluções | O ECA Eleições |


O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA é um órgão colegiado permanente de caráter deliberativo e composição paritária, previsto no artigo 88 da lei no 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Integra a estrutura básica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/

EDUCADORES em ALERTA!

Brasil é o 8° país com maior número de analfabetos adultos, diz Unesco


Um relatório divulgado nesta quarta-feira (29/11) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aponta que o Brasil aparece em 8° lugar entre os países com maior número de analfabetos adultos. Ao todo, o estudo avaliou a situação de 150 países.
De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada em setembro de 2013, a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país. Em todo o mundo, segundo o 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, da Unesco, há 774 milhões de adultos que não sabem ler nem escrever, dos quais 64% são mulheres. Além disso, 72% deles estão em dez países, como o Brasil. A Índia lidera a lista, seguida por China e Paquistão. O estudo também mapeou os principais desafios da educação no planeta. A crise na aprendizagem não é só no Brasil, mas global. Para a Unesco, o problema está relacionado com a má qualidade da educação e a falta de atrativos nas aulas e de treinamento adequado para os professores. No Brasil, por exemplo, atualmente menos de 10% dos professores estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo federal, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Entre os países analisados, um terço tem menos de 75% dos educadores do ensino primário treinados.
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/01/brasil-e-o-8-pais-com-mais-analfabetos-adultos-diz-unesco.html acessado em 04/12

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI Nº 1729/2008- Rio de Janeiro - Educadores Sociais

http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/ - Acessado 24/11/2014


Legislação Citada - PROJETO DE LEI Nº 1729/2008


Informações Básicas

Código
20080301729
Autor
PAULO RAMOS
Protocolo
14774
Mensagem
Regime de Tramitação
Ordinária
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/icons/ecblank.gif
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/icons/ecblank.gif

Link:


Datas:
Entrada
26/08/2008
Despacho
26/08/2008
Publicação
27/08/2008
Republicação


Comissões a serem distribuídas

01.:Constituição e Justiça
02.:Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania
03.:Trabalho Legislação Social e Seguridade Social
04.:Servidores Públicos
05.:Orçamento Finanças Fiscalização Financeira e Controle

EDUCADORES SOCIAIS - PROJETO DE LEI 5346/2009 - DEP. FEDERAL(CE) CHICO LOPES

Pareceres Aprovados ou Pendentes de Aprovação

Comissão
Parecer
Comissão de Educação e de Cultura   ( CEC )
12/12/2011 - Parecer do Relator, Dep. Ângelo Vanhoni (PT-PR), pela aprovação. Inteiro teor 

14/12/2011   12:00 Reunião Deliberativa Ordinária 
Aprovado por Unanimidade o Parecer.
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público  
(CTASP)
08/05/2013 - Parecer do Relator, Dep. Assis Melo, pela aprovação, com substitutivo.Inteiro teor 

21/08/2013   12:00 Reunião Deliberativa Ordinária 
Aprovado por Unanimidade o Parecer.
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania  
( CCJC )
02/04/2014 - Parecer da Relatora, Dep. Iriny Lopes (PT-ES), pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Inteiro teor 


http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=437196 – 
Fonte Camara dos Deputados  -  ACESSADO EM 24/11/2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

EDUCADORES SOCIAIS - CBO - Ministerio do Trabalho e Emprego

Descrição  - Classificação Brasileira de Ocupação - (CBO)



5153 :: Trabalhadores de atenção, defesa e proteção a pessoas em situação de risco e adolescentes em conflito com a lei


Títulos
5153-05 - Educador social
Arte educador, Educador de rua, Educador social de rua, Instrutor educacional, Orientador sócio educativo
5153-10 - Agente de ação social
Agente de proteção social, Agente de proteção social de rua, Agente social
5153-15 - Monitor de dependente químico
Conselheiro de dependente químico, Consultor em dependência química
5153-20 - Conselheiro tutelar
5153-25 - Sócioeducador
Agente de apoio socioeducativo, Agente de segurança socioeducativa, Agente educacional, Atendente de reintegração social


Descrição Sumária
Visam garantir a atenção, defesa e proteção a pessoas em situações de risco pessoal,social e a adolescentes em conflito com a lei. Procuram assegurar seus direitos, abordando-as, sensibilizando-as, identificando suas necessidades e demandas e desenvolvendo atividades e tratamento.
Fonte Ministério de Trabalho e Emprego

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ANALISE DO TEXTO DE DRUMMOND






AUTOR: JACY MARQUES PASSOS 


Curso de Extensão em Pedagogia Social para o Século XXI.



Atividade Prática:

Discutir a Poesia de Drummond “A Escola dos meus sonhos” e analisar

 

 




Jacy Marques Passos

Niterói, 20 de Novembro de 2014.

INTRODUÇÃO

                       

                        O Curso de Extensão de Pedagogia Social (PIPAS) que acontece na UFF proporciona preciosos aprendizados. E a tarefa desse mês nos remete a uma reflexão séria sobre o olhar sobre as nossas práticas e do quanto, os educandos necessitam dessa transformação. Com certeza, a escola não tem como mudar sozinha, não se pode deixar a cargo apenas da diretora essa responsabilidade, onde, o desenvolvimento do Plano político pedagógico, deva ser realizado a varias mãos, com a participação de pais, docentes e alunos, devolvendo a comunidade, um lugar onde o aluno sinta o prazer de estar, de conviver e, sobretudo, seja prazeroso estudar.

            “a semente da divindade está em todos, basta que se traga a tona” e “não existe pedagogia se não houver amor”                           Johann Heinrich Pestalozzi


Pedagogia Social, matéria exposta com o respeito que o tema merece pela professora Margareth Martins Araújo, deixou clara essa posição, onde, o papel do Educador e do educando devem ser de mútuo respeito, e que, através dessa Poesia “A Escola dos meus sonhos”, poder contemplar realidades que quando experienciadas, darão cores vivas à Educação, pois não ensinamos máquinas, trata-se de pessoas em desenvolvimento que vão requerer do docente, segundo o Mestre Paulo Freire, um saber de experiência pura, para que não mais tenhamos tantas evasões escolares, tanto descrédito na formação de alunos, para que se possa dentro de um Projeto ético, político pedagógico, transformar e quebrar paradigmas, no qual vivenciamos e do qual, sabemos que pode melhorar e muito.     
Muitas reflexões sobre as nossas práticas, pois, a indignação, deve nortear as nossas ações, em virtude, daqueles que não querem uma pedagogia da autonomia, da superação, do amor, da inclusão, da afetividade, porque “tramam contra aquele espaço em realizamos nossas atividades, tramam contra o educando, tramam contra o Educador, enfim, tramam contra as nossas ideias”.
Faço questão de pontuar o recorte sobre o mundo atual feito, pela professora Margareth, pois, trazem questionamentos que potencializam e norteiam as nossas práticas, por um viés reflexivo, sobre as nossas atuações, na interface do nosso papel, enquanto Educador Social, profissional de um espaço de convivência e suas diversidades, que propõe indignar-se sempre. As pontuações verdadeiras desse recorte dão visibilidade ao que está intrínseco e, acrescentam com essa discencia, um perceber diferente, com a dimensão exata do que encontraremos em nossos espaços de trabalho, e com isso, entender o educando, no que diz respeito à vulnerabilidade relacional e da falência Universal acelerada:
Ø  Escolas que não conseguem ensinar;
Ø  Universidades nada universais;
Ø  Corporações que não conseguem cooperar sem competir;
Ø  Sistema de saúde insalubre;
Ø   Sistema de bem estar social onde ninguém passa bem;
Ø  Sistemas agrícolas que destroem o solo e envenenam alimentos.

Ao ler esta poesia, é que entendemos o quanto necessitamos de mudanças, pois, são urgentes e necessárias na Educação, pelo fato de perceber que, o que permeia os interesses desse importante seguimento e estagio de nossas vidas, a escola, é a despreocupação na aplicação de métodos que visem melhorar a condição do indivíduo que passa anos de sua vida em um espaço, que, após tantos avanços ocorridos na humanidade, não consegue contemplar algo diferente.  

A ESCOLA DOS MEUS SONHOS

Eu queria uma escola que cultivasse
 a curiosidade de aprender
 que é em vocês natural.

 Eu queria uma escola que educasse
 seu corpo e seus movimentos:
 que possibilitasse seu crescimento
 físico e sadio. Normal

 Eu queria uma escola que lhes
 ensinasse tudo sobre a natureza,
 o ar, a matéria, as plantas, os animais,
 seu próprio corpo. Deus.

 Mas que ensinasse primeiro pela
 observação, pela descoberta,
 pela experimentação.

 E que dessas coisas lhes ensinasse
 não só o conhecer, como também
 a aceitar, a amar e preservar.

 Eu queria uma escola que lhes
 ensinasse tudo sobre a nossa história
 e a nossa terra de uma maneira
 viva e atraente.

 Eu queria uma escola que lhes
 ensinasse a usarem bem a nossa língua,
  a pensarem e a se expressarem
 com clareza.

 Eu queria uma escola que lhes
 ensinassem a pensar, a raciocinar,
 a procurar soluções.

 Eu queria uma escola que desde cedo
 usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números, as operações... pedrinhas... só porcariinhas!... fazendo vocês aprenderem brincando...

Oh! meu Deus!

Deus que livre vocês de uma escola
 em que tenham que copiar pontos.

 Deus que livre vocês de decorar
 sem entender, nomes, datas, fatos...

 Deus que livre vocês de aceitarem
 conhecimentos "prontos",
 mediocremente embalados
 nos livros didáticos descartáveis.

 Deus que livre vocês de ficarem
 passivos, ouvindo e repetindo,
 repetindo, repetindo...

 Eu também queria uma escola
 que ensinasse a conviver, a
 coooperar,
 a respeitar, a esperar, a saber viver
 em comunidade, em união.

 Que vocês aprendessem
 a transformar e criar.

 Que lhes desse múltiplos meios de
 vocês expressarem cada
 sentimento,
 cada drama, cada emoção.

 Ah! E antes que eu me esqueça:

 Deus que livre vocês
 de um professor incompetente.

Carlos Drummond de Andrade


A escola do sonho de todos é essa. Um ambiente onde o aluno é quem deve ser o protagonista e com isso, ser mais respeitado.
Sonhar uma escola onde não haja tantas cobranças, tantos nomes e datas a gravar, enfim, tantas responsabilidades que não redundam em autonomia, é engessar e limitar a capacidade do ser humano. Trabalhar no sentido de buscar, alternativas sólidas de um viver com liberdade de expressão entendendo que trabalhinhos de aula, trabalhinhos de casa, tornam-se abstrações na vida do educando.
            Drummond destaca a relevância de um aprender e o quanto, a discência, será fundamental e imprescindível, no momento que, se entender, que as fases da infância e o adolescer, necessitam de construções que venham e tragam, nesse contexto, prazer e alegria de estar na escola e fazer parte de uma turma em sala de aula.
Atualmente, crianças e adolescentes não aceitam mais blá blá blá, estão requerendo do Educador uma abordagem acerca das demandas do cotidiano, lembrando que as matérias convencionais, não podem nem devem ser abstraídas, do currículo escolar, nem da vida do educando, mas podem sim, serem acrescidos ao ensinar o saber de experiência pura, onde essas demandas parte integrante  dessas realidades e o material explícito inerentes a esses alunos, devam sim, ser tratados com o respeito e a dignidade que merecem.
A escola dos sonhos, não tem paredes ou muros que demarque os espaços, não tem limite para se aprender e ensinar, ela é construída, a partir da certeza que mudanças urgentes são inquestionáveis, transformações precisam nortear essa construção, e isso, perpassa em deixar a criança ser criança e o adolescente ser adolescente, e o educador, esse, deve internalizar o seu papel e sua competência, cuja finalidade e a função, vai muito alem dos muros e portões de um prédio, e só assim, contemplar esse novo paradigma, e com toda razão ser e estar fazendo parte de uma história, não só na educação, mas nas vidas que nos são entregues todos os dias.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”                                            Paulo Freire                                                                 
CONCLUSÃO
  No escopo da Pedagogia social, reside um leque de possibilidades apresentada de forma bem dissertada pela Professora Margareth, na poesia de Carlos Drummond, que dialoga perfeitamente com esse pensar, percebemos que ainda há muito o que se fazer, e na escola espaço de formação em todos os graus, deveria haver mais respeito e dignidade com o educando e, ao entendermos a mensagem de Drummond, os que tramam contra a Educação de qualidade, irão dizer: Tudo é muito lindo no papel, na prática não dá certo.
Para esse grupo de pessimistas de plantão deixo uma importante frase da professora Gabriella Mafei: “Se há falhas nas nossas práticas é porque, provavelmente houve falhas e obstáculos na nossa formação”.
Buscar alternativas para um construir consciente é agir na prevenção, e levar o educando, a refletir e valorizar as conquistas, atuar com respeito à sua história, desenvolver-se enquanto pessoa e profissional na dura realidade de crianças e adolescentes, pois, a desigualdade social trás consequências que implicam sobremaneira o público infanto-juvenil, que é o nosso público alvo.
Valorizar o indivíduo, não apenas, transferir conhecimentos, buscar alternativas e, ter a compreensão da amplitude da responsabilidade na construção de um caminhar com qualidade, é o papel do Educador Social que, perpassa também, por ser um Educador crítico, não mecânico nas atitudes, e essa criticidade, aguçará a curiosidade, produzindo assim, novos aprendizados e conhecimentos.
Concluo acenando positivamente para essa realidade e afirmar que podemos sonhar sim com essa escola, contudo, melhorar nossas praticas valorizando o educando, a escola e sobretudo, a Educação será primordial nas nossas ações e, um grande passo para essa tão sonhada escola, a escola dos nossos sonhos, alicerçados por uma certeza. A certeza que é possível!        
Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante! Paulo Freire

REFERENCIAS:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1970.

PESTALOZZI, Johann Heinrich - Minhas indagações sobre a marcha da natureza no desenvolvimento da espécie humana (A Teoria dos três estados do desenvolvimento moral), 1797.