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Resultados da pesquisa

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Breve Análise das 69 Publicações


Em uma breve análise das 69 publicações desses dois eventos, percebe-se uma grande variedade de temáticas e conceitos, podendo-se classificar da seguinte maneira:

CONCEITOS/TEORIAS
Socio-dramas familiares, Resiliência, Drogadição, Hegemonia das ciências jurídicas sobre as ciências sociais e humanas, Cartografia.

CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Adolescentes abrigados, Adolescentes em conflito com a lei, Jovens em situação de risco social, Assistência a Infância, Direitos das crianças e dos adolescentes, Adolescentes Infratores, Trabalho Infantil, A criança no contexto rural, Egressos de orfanato, Jovens protagonistas, Estatuto da Criança e do Adolescente.

CULTURA
Teatro como produção cultural, Técnicas dramáticas como meio de conscientização.

EDUCAÇÃO
Cidade Educadora, Educação Popular, Educação Social, Educação Indígena, Educação em Saúde (2x), Educação Não-Formal/Pedagogia Social, Educação de rua, Práticas de Educação Não - Formal, Educação do Campo, Educação Comunitária, Educação Ameríndia, Educação Sócio - Comunitária, Sistema Sócio - Educativo (2x), Programas Sócio - Educativos, Educação de Surdos.

ESCOLA
Escola como proteção aos alunos, Temas transversais na escola, Exclusão na sala de aula, Violência Escolar.

GRUPOS - PESSOAS, ETNIAS
Migração, Preconceito Racial.

PEDAGOGIA
Pedagogia de Paulo Freire, Pedagogia Libertária, Pedagogia Hospitalar, Pedagogia Juvenil, Pedagogia Movimento Negro, Curso de Pedagogia, Pedagogia Social, Pedagogia e Pedagogia Social.

POLÍTICAS PÚBLICAS
A família e a política de assistência social.

PRISÃO
Universo Prisional, Gênero e Prisão.

TRABALHO
Atuação do Pedagogo (3x), Educador Social.

RESPONSABILIDADE SOCIAL
Terceiro Setor, Participação Social.
Todos os termos descritos, possuem significados, conceituações, e são apresentados a partir de estudos, projetos e discussões realizadas por alguém, por algum grupo, por algum governo, etc. Então é necessário compreender que estes termos estão impregnados de sentido e significado que expressam uma leitura de mundo das pessoas que elaboraram, ou relacionaram os mesmos. Mas todos esses termos agrupados, e devidamente fundamentados em um evento científico, passam a compor algo maior, formando uma base comum para discutir algo em comum. Ou seja, as temáticas das conferências, mesas redondas, oficinas, dos trabalhos apresentados e suas palavras - chaves expressam, em uma primeira análise geral, a formulação e estruturação das áreas de atuação, tanto no aspecto prático configurando-se a Educação Social, como no aspecto teórico e profissional da Pedagogia Social.

CONCLUSÃO
Como a temática da pesquisa está em constante re-elaboração e sempre surgindo a partir de novas idéias e ações, não é possível fazer algo definido, e poder dizer que se chegou à conclusão de algo.
O próximo passo da pesquisa é relacionar o que foi descrito a cima com as temáticas das publicações do Banco de Teses e Dissertações da CAPES, bem como com as das publicações dos Grupos de Trabalho de Educação Popular e Movimentos Sociais da Associação Nacional dos Pesquisadores em Educação - ANPEd, período 2000 a 2009, verificando entre as terminologias e fundamentações encontradas, se existem semelhanças entre elas, quais são e o que isso poderia significar para essas áreas no Brasil.
A discussão da Pedagogia Social/Educação Social é recente no país, mas existem desde a década de 30 preocupações em tornar a Educação, algo popular, a partir de uma pedagogia mais social. Esses eram argumentos de figuras importantes na estruturação da Educação no Brasil, movimento forte que aconteceu no período da década de 1920 a 1940, em que os Pioneiros da Educação, através de seu manifesto conseguiram lutar por uma educação pública, que atingisse o maior número possível da população, e por isso tornarse popular, pois até então a Educação era para privilegiados. Já a partir da década de 1960 a terminologia Educação Popular surge no Brasil, caracterizada como uma educação voltada para jovens e adultos que não tiveram acesso ao processo educacional "formalizado". Surge a figura importante de Paulo Freire que por meio de sua teoria, amplia a visão sobre Educação, compreendendo que ela está presente além da escola. Os movimentos sociais foram e são importantes para este processo educativo que foge as carteiras escolares, mostrando muitas vezes uma perspectiva de educação crítica e transformadora da realidade.
É a partir desses argumentos que não se pode compreender a Educação Social como uma novidade no Brasil. A novidade estaria na organização da Pedagogia Social enquanto área acadêmica de produção científica e de formação do profissional Educador Social, que atuaria em diferentes espaços educativos. Com a continuidade dos estudos nos grupos de pesquisa, as discussões nas Jornadas de Pedagogia Social, com os eventos e organização deste III CIPS, identificam-se dois movimentos marcantes nesse processo de organização:
1 - Estruturação da Pedagogia Social como área acadêmica e profissional:
- Aprofundamento de estudos e de teorias: fundamentação epistemológica, reelaboração dos significados de educação formal, informal e não - formal, para a elaboração dos domínios da Pedagogia Social - epistemológico, sociopolítico, sóciopedagógico e sociocultural.
- Formação do profissional da Pedagogia Social: conteúdo da formação, legalização da profissão, espaços de atuação.
- Estruturação da Associação Brasileira de Pedagogia Social.
- Articulação com entidades e órgãos internacionais da área.
2 - Ênfase em discussões e ações por políticas públicas de atendimento da infância e adolescência em situação de risco - educação em espaços de privação de liberdade, abrigos, ong's, hospitais, etc.
Até o momento é possível apresentar os argumentos descritos neste texto e compreender qual o caminho que a pesquisa está percorrendo nesse processo, que não é linear, e pelo contrário é repleto de conflitos, opiniões divergentes, facilidades e dificuldades.

REFERÊNCIAS
GOHN, M. G. Educação Não-Formal na pedagogia social. In: I Congresso Internacional de Pedagogia Social,1., 2006, . Anais eletrônicos. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, Disponível em: http://www.proceedings.scielo.br Acesso em: 04 Dez. 2008.
MOURA, R., NETO, J. C. S. e SILVA, R. (orgs). Pedagogia Social. São Paulo: Expressão & Arte Editora, 2009. 324 p.
SILVA, R. da. As bases científicas da Educação Não-Formal. In: MOURA, R., NETO, J. C. S. e SILVA, R. (orgs). Pedagogia Social. São Paulo: Expressão & Arte Editora, 2009. p. 179 - 193.
TRILLA, J. A educação não - formal. In: ARANTES, V. A.(org.), TRILLA, J. e GHANEM, E. Educação formal e não-formal: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2008. p. 15 - 58.

1 Trabalho de pesquisa desenvolvido junto ao Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, como bolsista do CNPq, sob Orientação da Profª. Drª. Diana Carvalho de Carvalho e co-orientação da Profª. Drª. Olga Duran. E-mail: ericormachado@yahoo.com.br

TÍTULOS DA PEDAGOGIA SOCIAL PARTE IV


Na PARTE IV, escrito pelos organizadores, encontram-se discussões referentes às Áreas de formação da Pedagogia Social e Linhas de pesquisas da Pedagogia Social.
No final do livro, parte V, encontra-se:
  • Declaración de New Cork (1990);
  • Declaración de Barcelona (2003);
  • Declaración de Montevideo (2005);
  • Carta da Pedagogia Social (2006);
  • Código Deontológico da profissão de Educação Social em Portugal.
  • Todas as discussões apresentadas no livro são fundamentais para compreender a Pedagogia Social, mas chama atenção a peculiaridade da tentativa de estruturação da área na realidade brasileira. Nesse sentido surgem discussões contrárias a uma perspectiva de relacionar a Pedagogia Social à Educação Não - Formal (SILVA, 2009), divergindo de posicionamentos que defendem essa perspectiva como o de Gohn (2006).
  • Gohn (2006) é pesquisadora da área de Movimentos Sociais no Brasil e define os conceitos de Educação Formal, Informal e Não-Formal:

Quando tratamos da educação não-formal, a comparação com a educação formal é quase que automática. O termo não-formal também é usado por alguns investigadores como sinônimo de informal. Consideramos que é necessário distinguir e demarcar as diferenças entre estes conceitos. A princípio podemos demarcar seus campos de desenvolvimento: a educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados; a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu processo de socialização - na família, bairro, clube, amigos etc., carregada de valores e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos herdados: e a educação não-formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianas.
Trilla (2008, p.32) é pesquisador da Pedagogia Social na Espanha e embasado em Coombs, também contribui para essas definições:
A educação formal compreenderia o "sistema educacional" altamente institucionalizado, cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado que vai dos primeiros anos da escola primária até os últimos da universidade; a educação não-formal, toda a atividade organizada, para facilitar determinados tipos de aprendizagem a subgrupos específicos da população, tanto adultos como infantis; e a educação informal, um processo, que dura a vida inteira, em que as pessoas adquirem e acumulam conhecimentos, habilidades, atitudes e modos de discernimento por meio das experiências diárias e de sua relação com o meio.
A definição apresentada pelos autores é semelhante e compreende que a educação informal ocorre de maneira espontânea, ela acontece na interação direta com o meio em que vive já a educação formal e não-formal necessitam de um mediador, que irá organizar, planejar, elencar, coordenar os processos de aprendizagem de algo. Esse mediador seria o educador.
Mas devido à diversidade de enfoques teóricos e posicionamentos divergentes em relação à base da Pedagogia Social, alguns teóricos discordam que ela se desenvolve na perspectiva da Educação Não-Formal, considerando que essa perspectiva limitaria a possibilidade de uma estruturação da Pedagogia Social. Quem traz reflexões a esse respeito é Neto, Silva e Moura (2009, p.306) defendendo, em seu texto, argumentos de que as Ciências da Educação se dividem nas seguintes áreas de concentração: Pedagogia Escolar/ Educação Escolar e Pedagogia Social/ Educação Social.
Nessa perspectiva, os autores defendem que a educação popular, social e comunitária, até então pertencentes à Educação Não - Formal no contexto brasileiro, passam a ser consideradas dentro dos domínios da Pedagogia Social que seriam três: 1. sociocultural, 2. sociopedagógico e 3. sociopolítico.
Os autores explicam que o que compõe o domínio sociocultural são as áreas do conhecimento relacionadas às Artes, a Cultura e o Esporte; o domínio sociopedagógico abrange as áreas relacionadas à Infância, Adolescência, Juventude e Terceira Idade. Já o domínio sociopolítico compreende as áreas em que se apresentam processos sociais e políticos, como por exemplo, participação, protagonismo, associativismo, cooperativismo, empreendedorismo, geração de renda e gestão social. Essas discussões, abordadas no livro, foram divulgadas junto com o lançamento do mesmo nas Jornadas de Pedagogia Social que aconteceram durante o ano de 2009 e 2010, no Brasil, Portugal, Uruguai e Cuba. Elas foram realizadas nos seguintes lugares: PUC - SP, Mackenzie - SP, Universidade Católica do Porto - Portugal, PUC - Brasília, Centro Universitário Salesiano - Americana/SP, UNICAMP - Campinas, Universidad de la Republica - Montevideo - Uruguai, UFPR - Curitiba/PR, Instituto de Governança Social - Belo Horizonte/MG, UNISINOS - São Leopoldo/RS, GRAMMA e PIÑAR DEL RÍO - Cuba, UFES - Vitória/ES, UEPG - Ponta Grossa/PR.
Esta pesquisa configura o primeiro mapeamento do surgimento da Pedagogia Social no Brasil. Todos os dados colocados a cima, fazem parte de um percurso da história da construção dessa área no país.

O movimento possível de perceber através dos dados a cima, é de que em 2006, as temáticas das conferências e das mesas-redondas apresentam uma idéia de aprofundar discussões sobre a Pedagogia Social, relacionando com o Trabalho Social, aliando a discussão de políticas públicas, enfatizando o atendimento a infância e a adolescência em contextos adversos. O evento de 2008 deixa claro o interesse em compreender a Pedagogia Social como uma área acadêmica e profissional, a partir de debates com áreas próximas já existentes que seriam a Pedagogia e o Serviço Social. Também se verifica uma preocupação em compreender a Pedagogia Social para além de uma perspectiva de atendimento da infância e adolescência, buscam-se relações com os Movimentos Sociais, Educação de Jovens e Adultos, Educação Popular, etc.

TÍTULOS DA PEDAGOGIA SOCIAL PARTE III



Na PARTE III encontra-se o artigo:

Áreas prioritárias para atuação da Pedagogia Social no Brasil: Educação, Infância e Adolescência, Juventude, Sistema penitenciário, Terceiro setor, ONG, projetos e programas sociais, escrito pelos organizadores.
Na PARTE IV, escrito pelos organizadores, encontram-se discussões referentes às Áreas de formação da Pedagogia Social e Linhas de pesquisas da Pedagogia Social.

TÍTULOS E ARTIGOS DA PEDAGOGIA SOCIAL PARTE II


Na PARTE II do livro encontram-se:

  • A Pedagogia Social: reflexões e diálogos necessários, escrito por Evelcy Monteiro Machado;
  • Educação Social: uma questão de relações, escrito por Sueli Maria Pessagno Caro;
  • Exclusão e Educação Social, conceitos em superfície e fundo, escrito por Marlene Ribeiro;
  • As bases científicas da Educação Não - Formal, escrito por Roberto da Silva;
  • A Pedagogia Social e o adolescente autor de ato infracional, escrito por Antonio Carlos Gomes da Costa;
  • A Pedagogia Social no trabalho com crianças e adolescentes em situação de rua, escrito por Maria Stela Santos Graciani;
  • A Pedagogia Social de Paulo Freire como contraponto da Pedagogia Globalizada, escrito por Afonso Celso Scocuglia;
  • Participación y Educación Social, escrito por Violeta Nuñes;
  • Pedagogia Social e as políticas sociais no Brasil, escrito por João Clemente de Souza Neto;
  • Políticas, programas e ações para a juventude, escrito por Rogério Moura.

TÍTULOS DA PEDAGOGIA SOCIAL PARTE I

As comunicações científicas dos dois CIPS, que têm seus textos disponíveis na base Scielo (http://www.proceedings.scielo.br), resultaram em uma coletânea de alguns dos trabalhos apresentados nas conferências dos eventos, juntamente com outras produções nacionais e internacionais, resultando no lançamento em 2009 do primeiro livro da área no Brasil, chamado "Pedagogia Social" sob organização dos Professores Dr. João Clemente de Souza Neto (Centro Universitário FIEO), Livre Docente Roberto da Silva (USP) e Rogério Moura (UNICAMP). O livro se divide em cinco partes:

PARTE I - Antecedentes históricos da Pedagogia Social;
PARTE II - Reflexões sobre a Pedagogia Social no Brasil;
PARTE III - A cara da Pedagogia Social no Brasil;
PARTE IV - Pedagogia Social como nova área de concentração; 
PARTE V - Marcos normativos da Pedagogia Social.

TÍTULOS DA PEDAGOGIA SOCIAL 

Na PARTE I do livro encontram-se os seguintes artigos:

No mundo, escrito pelos organizadores;
  • Origens da Pedagogia Social, escrito por Hans - Uwe Otto;
  • Pedagogia Social e Trabalho Social na Alemanha, escrito por Bernd Fichtner;
  • A Pedagogia Social na Itália, escrito por Geraldo Caliman;
  • A Pedagogia Social na Finlândia e o contexto brasileiro, escrito por Sanna Ryynänen;
  • A Pedagogia Social em Portugal, escrito por Manuel Loureiro e Steven Casteleiro;
  • La Pedagogía Social en España, escrito por Suzana Torío Lopez;
  • A Pedagogia Social na América Latina, escrito por Jorge Camors.

Devolutiva do Programa Família Acolhedora




Devolutiva do Programa Família Acolhedora - Município de São Gonçalo - 2016.
Data: 13 de dezembro de 2016.
Horário: 09 horas da manhã.
Local: Salão Tribuna Clube Tamoio.
Inscrições: 3719-2473 ou no local.



SEMINÁRIO 20 ANOS DA LDBEN