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terça-feira, 16 de agosto de 2016
LIVRO PEDAGOGIA SOCIAL - AUTORA DRA. MARGARETH MARTINS ARAÚJO
A Pedagogia Social é um componente da Pedagogia que se responsabiliza
diretamente com a inclusão das crianças em situação de vulnerabilidade social
no universo escolar. Quanto mais a população de um país é entregue a própria
sorte, maior se faz a necessidade da pedagogia Social, que se traduz em um
fazer pedagógico voltado para a realidade das crianças e adolescentes
expostos a todo o tipo de dificuldades oriundas de uma educação direcionada
para um público com valores e necessidades bem diferentes. Dificuldades
estas que não abrangem apenas o âmbito educacional como também o social,
o político e o afetivo, por exemplo.
Ao abraçarmos a Pedagogia Social como tema de trabalho, como foco do
nosso interesse, como questão reflexiva, o fizemos por perceber o quanto
precisamos aprender com os sujeitos do flagelo social brasileiro para com eles
trabalhar. São milhões de crianças e jovens que não se vêm contemplados no
cotidiano das escolas, que se sentem alijados de um processo do qual seus
próprios pais e avós, quem sabe, também o foram e, por mais que possa
parecer uma “questão hereditária”, trata-se de um processo histórico de
exclusão que, ao longo dos anos, transforma em marginais seres humanos
capazes, competentes e brilhantes.
Muito pouco ou quase nada do que aprendi me auxilia para com eles lidar. É
preciso me formar, me alfabetizar em uma nova forma de ser e estar
professora para construir um novo sentido para o magistério por mim exercido.
Penso existir em algum lugar professores que comunguem com minhas ideias
e é para eles e com eles que abrimos um espaço de trabalho como este. As
questões investigativas são construídas, principalmente, na dor, no calor do
exercício de um fazer que se impõe a cada dia, a cada hora. Não diferente,
suas respostas são oriundas do amor, do compromisso forjados a ferro e fogo
no cadinho da existência humana. Apenas um professor capaz de enxergar-se
em seus alunos, será capaz de ao resgatá-los do processo de indigência
educacional em que se encontram resgatar- se também.
Ouso afirmar a existência de um tripé que se constitui em um desafio
permanente para o Educador Social: o primeiro pilar é o da construção de
sua própria identidade. Uma identidade que só faz sentido atrelado ao outro;
ou seja, ao aluno. O segundo o da aceitação, é preciso aceitar seu aluno
como ele é, com suas histórias e memórias, com seus textos e contextos de
emergências. É possível afirmar que o processo de aceitação do outro passa,
principalmente, pela própria aceitação, caso contrário, não passará de mero
discurso representado por palavras soltas ao vento. Falamos, portanto, de
testemunho vivo de um fazer capaz de por em diálogo o binômio teóricoprático,
invocando permanentemente a questão da coerência, o que nos é
bastante desafiador. E finalmente, porém não menos importante, o terceiro
pilar é o da responsabilidade. Para além de se identificar com os educandos e
neles se reconhecer e, aceitá-los em sua legitimidade, o Educador Social
precisa responsabilizar-se por eles. Responsabilizar-se a tal ponto por seu
fazer pedagógico que será impensável não incluir o sucesso dos educandos no
rol do seu próprio sucesso. Falamos, portanto, de uma relação de
pertencimento capaz de compreender educador e educando como partes
integrantes de uma mesma realidade, não fazendo mais sentido a existência de
um sem o outro.
COORDENADORA DO PROJETO PIPAS - UFF - PEDAGOGIA SOCIAL
RELATO DE EXPERIENCIA
CONSELHEIRO TUTELAR
Jhonatan Costa dos Anjos
Sou Jhonatan Costa dos Anjos, 29 anos, Educador Social, graduando
em Jornalismo pela UNICARIOCA/RJ e Conselheiro Tutelar na cidade de
Niterói. Minhas atividades trabalhando com o público infanto-juvenil tiveram
início quando eu ainda era um adolescente, aos 13 anos de idade. Neste
período, participava das atividades socioeducativas promovidas pela SBSF -
Sociedade Beneficente da Sagrada Família, Instituição gerida pela
Congregação das Irmãs Missionárias da Sagrada Família, localizada no bairro
Fonseca e que atende até hoje crianças e adolescentes de diversas
comunidades da região, dentre estas a Vila Ipiranga, onde nasci e vivo até
hoje. Ainda aos 13 anos fundei a BAMUSF - Banda Musical da Sagrada
Família, onde permaneci como maestro até o ano de 2008, com o objetivo
principal de trabalhar a música na vida de crianças, adolescentes, jovens e
adultos da comunidade, propagando conhecimento e envolvimento cultural.
Também na SBSF fui orientador e coordenador da EIC - Escola de Informática
e Cidadania, onde, através de oficinas de informática, diversas temáticas de
cidadania do dia a dia eram trabalhadas com os mais diversos públicos
atendidos.
Entre 2013 e 2014, integrei o quadro Parceiros do RJ, da TV Globo,
representando a cidade de Niterói; onde, através de reportagens, procurava
mostrar problemas e dificuldades diversas que muitos moradores enfrentavam
em suas comunidades, bem como, propagar ações e atividades desenvolvidas
por pessoas ou grupos nos níveis sociais, culturais, educativos e esportivos.
Atualmente sou membro do III Conselho Tutelar de Niterói (Região
Norte) onde exerço o cargo de Conselheiro Tutelar desde dezembro de 2011,
estando atualmente no segundo mandato. No ano de 2015 exerci a presidência
do Conselho.
Publicado na Revista Pedagogia Social, N° 1 - leia mais.... Clique em:
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