FORMAÇÃO UNILATERAL E OMNILATERAL
Penso
que essas temáticas remetem a origem da proposta, na qual, o percurso feito
faço o recorte no período feudal, cujo, homem e a relação com o trabalho
perpassa por um processo artesanal de sua produção e um olhar para um viver do
seu trabalho sem o advento do lucro sobre aquilo que era produzido.
Nesse
contexto percebe-se a ação do homem e seu modo de produção no período feudal,
sem nenhum conhecimento tecnológico, que apontava para uma relação homem e
trabalho que visavam sob a perspectiva da sobrevivência do seu trabalho.
No entanto, com o advento da revolução industrial, período que
sucedeu o feudalismo, incluiu na sociedade outras necessidades que antes, não
se verificava, e que, pelas mudanças radicais, na perspectiva do trabalho, o
que se introduziu no processo produtivo do homem e sua relação com o trabalho,
foram novos elementos que, agora, os homens se apropriam do trabalho de outros
homens, o que faz com que o homem se exproprie das funções que executam,
alienando o trabalhador da sua própria produção, pois, agora o homem não se
percebe nesse meio de produção.
Nessa
perspectiva, as famílias agora buscam o trabalho nos grandes centros, o que
resulta em uma grande concentração nas cidades. Esse fato sociológico, de certa
forma, possibilita o pensamento de uma escola que preparasse os filhos desses
trabalhadores para o trabalho, na lógica do capitalismo já patente na
sociedade.
É
necessário compreender que, o que muda são as relações, e não, a centralidade
do trabalho, existente deste o princípio. E essa abordagem, traz a reflexão no
que diz respeito aos interesses da dualidade da qual a educação passa, e passa
a ser reprodutora das ideologias na lógica capitalista, com base no pensamento
de Marx e Gramsci, que legitima para dualidade e educa tambem para dualidade.
Nesse
sentido, uma idelogia que opera é a dos direitos iguais, o que oculta a base do
real papel que escola deveria realizar, e o que se percebe, é o trabalho na
linha da violencia simbólica a serviço da ideologia dominante, que preparava o
educando a docilidade e naturalização das açoes desses alunos diferente,
daqueles que estudavam para o trabalho intelectual. Sob esses aspectos, a
escola capitalista reproduz as relações de produção capitalista. Com certeza
Inculcar a ideologia burguesa para reprodução dessa lógica.
Assim,
com a universalização da educação que permeia gerações, mantem a dualidade viva
que possibilita perceber as reproduções do passado até os dias atuais, o que
vem formar o homem unilateral, ou seja, é preparar o homem para inserção para o
mercado de trabalho o que exclui o real sentido da educação. A partir desses
pressupostos, na atualidade, a foramaçãotecnica profissional, não lhe garante o
próprio trabalho.
Logo,
como educador reflexivo, que pensa uma educação diferente, numa sociedade
melhor, que sabe seu papel nesse processo, no conceito de omnilateralidade,
nesse legado de Marx, é que devemos buscar alternativas de pensamento que
busque uma formação omnilateral, ou seja, uma nova visão de mundo que contemple
o ético, o estético, o artistico, ou seja, em todas as diemnsões humanas.
Portanto,
compreender as diferenças entre o homem unilateral e omnilateral, perpassa
pelas compreensões das dimensões muito maiores, na perspectiva omnilateral e
não mais unilateral que trata de uma limitação do sujeito e lhe impõe
aligeiramento da formação. O grande desafio, para nós enquanto educadores é a
formação do homem nos aspectos críticos, reflexivos e autônnomos, rompendo com
essa limitação demarcada pela unilateralidade da formação do homem.
Logo,
entende-se que se trata de uma utopia, um homem livre, numa sociedade menos
injusta e com mais possibilidade de trabalhar com as mãos e com a cabeça, a
formação omnilateral do homem, que se afirmam historicamente, que saiba distinguir
o artesanal do intelectual,enquanto existir alienação, venda força de trabalho,
consciencia alienada, e para isso, temos que mudar, na consciencia do devir as
nossas práticas como educadores e recrudesce em nossas ações de uma educação
múltipla, e com, os princípios educativos.
Grande
abraço
Jacy Marques Passos
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